Clérigo do Distrito Missionário recebe bolsa da Fundação de St. Agostinho

Na #nossaIEAB educação e formação são assuntos levados muito a sério. E é por isso que vibramos com notícias como essa que vamos compartilhar: a conquista de uma bolsa pelo nosso irmão Victor Hugo – diácono da IEAB (Distrito Missionário), oblato da Ordem de São Bento Episcopal Anglicana, doutor em Desenvolvimento Local e coordenador do curso de Filosofia da Universidade Católica Dom Bosco.
A bolsa em questão foi concedida pela Fundação de Santo Agostinho, para subsidiar os custos do doutorado em Filosofia da Religião na Universidade de Brasília (UnB). A equipe de comunicação da IEAB conversou com Victor que, entre outras coisas, espera “contribuir tanto com a formação de irmãos e irmãs nas várias instâncias formativas da Província”.

Victor, como você ficou sabendo dessa bolsa e como foi o processo para consegui-la? 

É costume da Assessoria de Educação Teológica do Escritório da Comunhão Anglicana e, em especial, isso é feito pelo nosso irmão Paulo Ueti, divulgar as ações desta pasta por meio de um Boletim informativo via e-mail. Foi por meio do Boletim da TEAC que tomei conhecimento do Edital da Bolsa.
A Diocese Anglicana de Brasília (DAB) participou desse processo. Ao me interessar pelo edital, fui consultar meu bispo, Maurício, bispo visitador do Distrito Missionário, que se interessou pela proposta e engajou comigo no processo de seleção. Esse engajamento do bispo Maurício foi fundamental para que pudéssemos pleitear essa bolsa para a IEAB. 

Por qual razão você escolheu a Fundação de Santo Agostinho?

A escolha se deu, primeiramente, pela divulgação do edital, por e-mail, do Boletim da TEAC. Depois, pela oportunidade de me inserir no cenário da Comunhão Anglicana e me sentir corresponsável com sua missão na educação teológica. É uma forma de não enterrar os talentos, como diz o Evangelho, e colocá-los a serviço do Reino

De que modo esse tipo de iniciativa pode ajudar outras pessoas da nossa IEAB?

Em primeiro lugar, a proposta é servir ao Distrito Missionário, região da IEAB que carece de presença da igreja. Como pertenço a este local e devo a ele meu ministério, acredito que ser corresponsável por ele é a primeira coisa a se fazer. Depois, é claro, poder contribuir tanto com a formação de irmãos e irmãs nas várias instâncias formativas da Província, quanto abrir caminhos para outros que também desejam fazer o mesmo.

Por qual razão optou por falar da Teologia e Filosofia no pensamento de Richard Hooker?

Bem, o pensamento anglicano no Brasil, tanto em termos filosóficos, quanto teológicos, é uma parte minoritária no mundo acadêmico e nas discussões em geral. Eu percebo que há, na IEAB, excelentes teólogos e biblistas. Porém, parece haver uma carência na área do pensamento anglicano enquanto tal. 
Durante o planejamento estratégico provincial, percebemos que há uma lacuna no que tange a compreensão da “identidade anglicana”. O “jeito anglicano de ser acaba” se tornando muito mais uma conjectura ou um conjunto de práticas do que uma base a partir da qual se concebe o anglicanismo. Uma filosofia anglicana é o desafio que me proponho a debruçar, a fim de calçar os diferentes modos de construir a teologia praticada na igreja. Para tanto, é necessário retomar seus fundamentos, e Hooker é reconhecido como a base de todo pensamento anglicano.

Importância da formação continuada

Para o bispo Maurício Andrade, da DAB, “a formação continuada dos clérigos e clérigas deve sempre ser apoiada”. “Fico muito feliz que o reverendo Victor Hugo, clérigo do Distrito Missionário, foi contemplado com essa bolsa da Fundação de Santo Agostinho para realizar um doutorado na UnB. E digo que essas bolsas estão disponíveis, e sempre motivo que mais pessoas possam se candidatar, pois quando uma bolsa é aprovada para formação, toda a Igreja ganha. Como bispo visitador do Distrito Missionário, fico feliz, pois sei que essa formação terá impacto concreto em nossos projetos de formação para as lideranças do Distrito”, disse.
Foto: acervo pessoal