A Câmara Episcopal, assessorada pela Comissão de Incidência Pública, Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, 19ª Província da Comunhão Anglicana, manifesta seu posicionamento absolutamente contrário à entrada em pauta e votação da Medida Provisória nº 910, de 2019, durante o período de crise decorrente da pandemia da Covid-19. Com validade até 19/05, não deveria ser objeto de deliberação, pelos seguintes motivos:
Em face do supracitado, com o aporte teórico de nosso irmão indígena anglicano filósofo Daniel Lima, da Diocese Anglicana da Amazônia; nós, Comissão de Incidência Pública, Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, solicitamos que o Congresso Nacional afaste de maneira formal qualquer possibilidade de essa medida provisória ser discutida. Informamos que está é a demanda apresentada ao Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Rodrigo Maia, e ao Presidente do Senado Federal, Senador Davi Alcolumbre. Entendemos que os regentes do Poder Legislativo não podem e nem devem compactuar com esta proposta que legitima e dá mais força à grilagem e ao desmatamento ilegal e beneficia somente os mais ricos, os grandes produtores rurais em detrimento dos mais pobres, de agricultores familiares e povos tradicionais. Em meio à crise da Covid-19, esse galardão à ilicitude e a um projeto de morte, se confirmado com a aprovação da MP 910/2019, assumiria, em nosso entendimento, uma natureza ainda mais criminosa, vergonhosa e mortífera; opondo-se violentamente ao Projeto de Deus para sua Criação, da qual somos parte.
Comissão de Incidência Pública, Direitos Humanos e Combate ao Racismo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil,
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