16 Dias de Ativismo no Combate a Violência Contra a Mulher

Desde o dia 20 de novembro o SADD tem publicado textos com o objetivo de motivar a reflexão sobre a violência contra a mulher. Nestes primeiros cinco dias motivamos a reflexão sobre a violência de gênero somada a discriminação racial seguindo a ênfase dada a partir do Dia da Consciência negra. Os dados estatísticos apontam a gritante proporção de atos de violência contra as mulheres negras que são duplamente vistas como inferiores e fracas devido ao seu gênero e a sua raça. Não raro soma-se a estes dois a situação social e o acesso a educação.

O dia de hoje, 25 de novembro, é reservado como o Dia Internacional da não violência contra a Mulher. Quem dera que somente hoje, ou pelo menos hoje NENHUMA mulher sofresse qualquer forma de violência. Infelizmente sabemos que não será assim. Mesmo hoje milhares de mulheres estarão sofrendo as mais diversas formas de violência, desde as mais sutis, e muitas vezes culturalmente aceitas, até as mais evidentes e alarmantes.

Como no ano passado o SADD desafiou 16 mulheres leigas e ordenadas a cada dia produzir um texto sobre os 16 dias de ativismo. Cada uma poderá fazer a abordagem que desejar, algo que lhe é mais próximo, mais gritante, lhe violente mais, choque mais. Ainda esta semana o SADD estará promovendo um Seminário Nacional como tema Igreja Segura e será muito oportuno podermos cruzar estes dois temas: violência contra a mulher e Igreja Segura. Neste primeiro dia de nossa reflexão, gostaria de motivar a Igreja povo, mulheres e homens dos bancos da Igreja, da formação, da diaconia, a refletir como tem apresentado e vivido a Igreja nesta perspectiva. Somos uma Igreja que consegue viver sem violência contra a mulher? Temos visto todos os ministérios de pessoas leigas e clérigas da mesma forma? Damos a todas o mesmo valor e oportunidade? Não podemos pretender viver uma campanha de ativismo internacional se não conseguimos transformar nem mesmo as estruturas de nossas comunidades.

O Dia Nacional da Não Violência contra a Mulher deve ser o começo de uma postura mais crítica na nossa relação com as pessoas. Estarmos constantemente avaliando nossas atitudes, pedindo perdão a Deus e buscando a conversão. Sim, nos convertermos em pessoas transformadas pelo amor de Deus na promoção de vida para todas as mulheres, sem nenhum tipo de violência.

 

Revª. Dilce Paiva de Oliveira
Coordenação do SADD